domingo, 19 de novembro de 2017

Mocajuba - Muro das Lamentações: A cidade segue tomada pelo lixo e pela escuridão!





Continuamos a receber lamentos profundos e denúncias quanto a prestação de serviços públicos essenciais em Mocajuba (PA) especialmente das zonas onde vivem as população que não integra a oligarquia da cidade, que os vícios de entendimento do mundo denominam como população mais carente - que a bem da verdade são zonas de exclusão.



Como todo menino catarrento sabe, as últimas gestões deixaram máculas terríveis na cidade.  Wilde Colares, Amadeu Braga e Rosiel Costa saíram da prefeitura pessoalmente bem, mas enfrentam muitos processos, condenações etc. quanto a probidade administrativa. Deixaram heranças ruins, inclusive a falta de alternativa econômica que todos sabem está associada a violência alarmante da cidade. 

[Pois bem] 


As máculas deixadas por aqueles  precederam Fátima Braga, prefeita, são usadas como justificativa para o caos administrativo em que encontra-se o País dos Mucajás. Obviamente, ela tem suas razões. Afinal, o próprio pai, junto com um séquito de familiares - contribuiu para as dificuldades administrativas atuais.




Por outro lado, no entanto, muitos acreditam que é apenas mais uma gestão orientada para privilégios de uns poucos e não para promoção de direitos dos cidadãs e cidadãos mocajubenses - grupo em que ainda me incluo e por acreditar de antemão nisso, não a apoiei a despeito de saber que ela pode ser boa pessoa no âmbito doméstico\privado. 



Mesmo sabendo que Fátima Braga segue o princípios das oligarquias dominantes alinhada as idéias da direita brasileira - como se podia ver ainda no plano de governo dela onde explicitamente defendia a *meritocracia* - fundamento universal da desigualdade.  Não poderia imaginar que a cidade mergulharia em tão profunda penúria. Essa semana, o Nosso Muro das Lamentações continua a receber muitas denúncias de não execução dos serviços de coleta de lixo e da falta de iluminação pública nas zonas onde vivem os trabalhadores e trabalhadoras de bem - mas fora do circuito central oligárquico da cidade.

Lixo acumulado na rua João Machado, Bairro da Pranchinha.
foto: colaboradores do blog



Lixo acumulado na rua João Machado, Bairro da Pranchinha.
foto: colaboradores do blog

Lixo acumulado na rua João Machado, Bairro da Campina
foto: colaboradores do blog


Lixo acumulado na Travessa Joaquim Santos
foto: colaboradores do blog

Lixo acumulado na Travessa Joaquim Santos
foto: colaboradores do blog



Moradores e moradoras leitores e leitoras do blog denunciam que a prestação de serviços públicos nos bairros populares de Mocajuba (PA) continua profundamente precária e expondo-os a toda sorte de problemas desde a contaminação pelo lixo que se acumula nas ruas da Pranchinha, Bairro Novo, Fazenda, a parte interior da Cidade Nova, Monte Alegre, Novo Horizonte e até na Campina.


Não é necessário lembrar as consequências desse processo. 

Uma das questões mais prementes é a exposição à contaminação, especialmente de crianças. Contudo, a sensação de humilhação e descaso que todos relatam soma-se ao lamento da escolha pela escolha da prefeita. 


Um situação dramática pois o mau passo dado que colocou a cidade em situação maior de penúria do que vivia com a gestão do prefeito anterior - acusado de formar uma quadrilha para roubar os cofres da cidade ao lado de Edinilton Braga, primo da atual prefeita, Fátima Braga.

Recordam  que João Costa era lembrado como prefeito que fez uma única obra -  a rua entre a casa dele e o cemitério? 


Bem, a rua da casa da prefeita Fátima Braga já estava asfaltada, mas é uma das poucas ruas que não estão tomadas pelo lixo. 
E que está iluminada. Como que por milagre.
Esse é o segundo lamento da semana.


O lamento da iluminação pública mocajubense.

 A situação é válida para todos os bairros populares da cidade. Um exemplo, é a situação denunciada pelos moradores da Travessa São João, no bairro Monte Alegre próximo ao Colégio Diniz de Souza Coelho. 

Os moradores dessa rua mandaram as fotos, inclusive da lâmpada colocada por eles. Mas ressaltam que a situação é generalizada em todo o bairro.














Curiosamente, a iluminação pública na cidade – um dos serviços com recursos garantidos é outro símbolo do mau trato com a coisa pública na cidade de Mocajuba (PA) e que expõe três questões muito graves.


 A primeira delas é a ausência do serviço na maioria das ruas cidade aumentando a insegurança e comprometendo as atividades dos mocajubenses; 


A segunda questão é a exposição da desigualdade a que vivemos. Quem vive no núcleo central da cidade tem ruas iluminadas. A medida que se distancia desse núcleo um campo negro se constituiu. 


Muitos moradores instalam lâmpadas por conta própria lâmpadas para reduzir a insegurança e permitir a vivência das ruas imediatamente a frente de suas casas, para poder sentar a porta da casa e conversar com os vizinhos ou simplesmente observar o movimento. Contudo, tais lâmpadas não raro são roubadas, em hipótese, para facilitar a ação dos ladrões e assaltantes da cidade. 





A terceira questão é o trauma histórico de a cidade ter sido em grande parte de sua história administrada por ladrões e assaltantes do dinheiro público que entram pelas portas da prefeitura e terminam o mandato pelas portas do ministério público. Pois bem, há sempre um trauma e uma descrença na política local, tal como há com a política nacional. 


Mas o que isso tem a ver com a iluminação pública da cidade Carmen?



Pois bem. 







A iluminação pública é um serviço a ser realizado pela prefeitura com um recurso pago diretamente pelo consumidor ou consumidora. É um imposto denominado Contribuição para Iluminação Pública Municipal – em uma conta de 116,08 reais, 20 reais referem-se à contribuição para iluminação pública. 

Os moradores acostumaram-se a pagar sem questionar ou cobrar o uso desse recurso. 

Mas parece que esse comportamento está acabando e está todo mundo olhando a conta de energia elétrica. Uma pessoa que paga 20 reais mensais, soma 140 reais ao ano. E não tem um "bico de luz" na rua? 






Segundo o senso do IBGE de 2010, Mocajuba possuía 5.304 domicílios permanentes. Em um exercício de pensamento rápido, se todos pagassem 20,00 (vinte reais) teríamos 106.000,00 (cento e seis mil reais mensais. 

Será o Benedito? 

Nesse hipótese, teríamos condições de comprar uma boa quantidade de lâmpadas. E além disso, executar o serviço de iluminação pública de forma eficiente.
Ou a prefeitura não recebe nada?


O blog conversou com o vereador Jadielson Meirelles sobre o serviço e perguntamos se ele tinha conhecimento de tais dados. Ele informou ter  solicitado a prefeitura tanto os valores arrecadados quanto o plano de aplicação dos recursos. Todavia, ainda não os recebeu.


Tentamos falar com a prefeita via whtasapp - nossa forma de comunicação mais rápida. Mas não estava ativa no serviço de mensagens. Solicitaremos a prefeitura também via ofício.

Diante disso, algumas perguntas são pertinentes: 


  • Tais dados foram disponibilizados ? Afinal é direito não apenas do vereador como também de qualquer cidadão da cidade.
  • Como pode um vereador não ter acesso a tais contas e ter ainda que solicitar informações ? 
  • Não deveriam estar disponíveis na Câmara Municipal. 
  • Não é isso que diz a lei?
  • Bem... quanto maior for a transparência da gestão mais os mocajubenses podem entender o que ocorre, e quem sabe, as razões da prefeita para as situações de lamento.


[Até o próximo domingo] 
[Muro erguido para a semana que vem]















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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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