Amazônidas! O blog da Carmen Américo, dizque. : Caso Maurício Manoel da Silva Américo

[Antes do post segue a justificativa que muitos leitores e leitoras cobraram]

1.Parei de falar sobre o caso, pois todas as vezes que falo no blog, várias pessoas aparecem em nossa residência em Mocajuba (PA), para comentar, para manifestar apoio, para solidarizar como minha mãe;1.1.Todos os leitores do blog são conhecedores da fragilidade física e dela. Mesmo que sua garra e forças sejam incomparáveis - trata-se de uma senhora idosa e doente. ;1.2. Por conta disso, ela manifestou tristeza maior do que o costumeiro; Percebi também certa agitação com as questões relativas ao caso, se emocionando sempre muito. Depois de conversarmos muito, acordamos que eu falaria quando tivesse uma novidade, resumindo todos os postos já feitos.1.2.1. Detalhe, não conseguirei nunca resumir todos os posts. Diante do que, inspirado em algo que Maurício disse-me - estou escrevendo um livro-homenagem sobre meu irmão e minha mãe. Mas minha tese de doutorado impede avanços. Então, enquanto minha tese não termina, não será possível avançar assim.1.2.1.Então, como sua filha e acima de tudo, minha melhor amiga, resolvemos que eu pararia de de falar e inclusive ocultaria posts sobre o caso. 1.2.1.1.Eu precisava ausentar-me de Mocajuba (PA) e não podia apoiá-la sempre; E toda vez eram mais perguntas [...] e mais perguntas.... E o mais grave, novas informações. Então combinamos que eu faria os posts depois da audiência e quando estivesse em casa com ela.

2. A audiência estava marcada para o último dia 23\04. De modo que pouca coisa, eu poderia dizer sobre o processo em si - uma das maiores demandas dos leitores do blog.

chegada do corpo de Maurício Américo em Mocajuba
foto:Carmen Américo

A chegada de Manuel Maurício da Silva Américo a casa de sua família
Foto:CarmenAmérico

Caso Maurício Américo em andamento;

A primeira audiência de instrução no processo por homicídio qualificado, movido pelo Ministério Público Estadual (MPE) que tem como titular em Mocajuba Dr. Cláudio Lopes Bueno - contra Maria José Pinto Américo, ocorreu na última quinta-feira (23) durante toda a manhã.

Maria José Baia Pinto Américo
acusada de homicídio qualificado no processo da morte
do marido Manoel Maurício da Silva Américo

Na audiência, que foi presidida pelo juiz Daniel Girão, da Comarca de Mocajuba, foram ouvidos, a acusada e mais de uma dezena de testemunhas; Maurício Américo morreu em 25 de Agosto de 2013, e quinze dias após foi confirmada a causa da morte pelo Instituto Médico Legal do Pará (IML) :envenenamento por Organofosfato, um veneno muito usado para matar ratos (raticida) conhecido popularmente como chumbinho

A acusada Maria José Baia Pinto Américo alega inocência e que ele teria se auto-envenenado e ainda, que teria motivos para tanto, como dívidas, depois também alegou processos. O promotor, por sua vez, baseia sua denúncia no histórico constantes nos autos do processo de ameaças (em caso de separação) da acusada relatadas pelas testemunhas, bem como no histórico longo de Maurício Américo com amantes e casos extra-conjugais. Uma das filhas presentes na audiência destacou que as supostas dívidas alegadas pela acusada somam aproximadamente 10% a 15% do patrimônio do pai ( que é de mais de Um Milhão de Reais) e que não acredita que isso poderia constituir-se em motivo de suicídio. Que não acredita que depois de tanto lutar para conseguir ter sucesso como pessoal e profissional que ele poderia atentar contra a própria vida. O blog, nem a família ainda não tiveram acesso ao conteúdo dos demais depoimentos. Contudo resguarda o direito de qualquer um manifestar-se sua posição sobre o tema neste espaço.

A família Américo é unânime em contestar a possibilidade de suicídio uma vez que Maurício Américo não apresentou o comportamento típico: tristeza\melancolia grave, isolamento (vejam os últimos casos de suicídio em Mocajuba), e a "carta" – ou seja confissões nestes sentido.

Daniel Bezerra Montenegro Girão

Juiz de Direito da Comarca de Mocajuba/PA –

Foto: reprodução Facebook DeuzirêAlho

O juiz Daniel Girão conduziu com imparcialidade e firmeza e nos depoimentos seguintes o processo seguiu em nível muito alto. A participação do promotor Cláudio Bueno também se deu nos mesmos níveis.