A fruticultura registrou, nos últimos anos, crescimento econômico bastante expressivo, aumentando, inclusive, em produção e expandindo novas oportunidades de trabalho. Para exemplificar este avanço, o Sindicato da Indústria de Frutas e Derivados do Pará (Sindifrutas) promoveu, na última segunda-feira, 24, o seminário “APL de produção e processamento de frutas do nordeste paraense e Região Metropolitana de Belém: tendências recentes”, apresentado pelo professor e pesquisador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), Francisco de Assis Costa.
De acordo com o pesquisador, o Arranjo Produtivo Local (APL) da fruticultura apresentou, nos últimos cinco anos, uma “dinâmica chinesa”, expandindo sua capacidade produtiva e gerando mais riqueza para a região. “Ao analisarmos e comparamos 13 empresas do segmento da fruticultura, pudemos ver que de 2003 para 2008 a receita bruta dessas empresas cresceu 10 vezes mais”, ressalta.
Na pesquisa, a amostra de 13 empresas, na série analisada de cinco anos, registrou um crescimento na receita, passando de R$ 11 milhões, em 2003, para R$ 130 milhões, em 2008. O avanço econômico, explicou o pesquisador, se deu muito pela expansão da capacidade produtiva destas empresas, as quais passaram a produzir sete vezes mais. “Em 2003, quando analisamos a situação da nossa amostra, as empresas tinham uma capacidade de volume produzido de 5 mil toneladas por ano. Já em 2008, essa capacidade se expandiu para 36.535 toneladas, o que impactou na receita bruta dessas empresas”.
Para a presidente do Sindifrutas, Solange Motta, organizar as empresas do segmento da fruticultura em APLs gera impactos econômicos positivos e estimula toda a cadeia de produção, beneficiando desde o pequeno produtor até as indústrias processadoras da polpa de frutas. “Estamos tratando diretamente com o governo para que possamos consolidar este APL que pega as regiões nordeste e metropolitana. No momento não pensamos em expandir para outras regiões. A princípio vamos focar neste APL, até mesmo por que são nessas regiões onde está concentrado o maior número de empresas do nosso segmento”, concluiu.
Fonte: Fiepa
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