O título poderia ser: ribeirinho mocajubano vem à Belém (PA) procurar tratamento médico e acaba na cadeia.
|
Leandro Carvalho arquivoenviadopelafamília |
Leandro Carvalho é um típico
menino ribeirinho adotado, ou criado - como se diz por aqui, pelos avós Dona Aldenora Corrêa Carvalho e João Carvalho que residem na zona ribeirinha de Mocajuba (PA), no
Bairro da Fazenda. Um lugar paradisíaco conhecido como a Praia do “seu” Carmecito - lugar que carrega o nome do patriarca da família.
Deslocou-se para Belém porque recebeu diagnóstico de tuberculose e ficou na casa do irmão. Precisava de uma rotina de tratamento que na cidade de Mocajuba (PA) não seria possível.
Segundo familiares, e conforme pode se verificar nas buscas nos registros do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), Leandro nunca esteve envolvido em crimes ou assemelhados. E é pessoa muito querida, como demonstra a mobilização da família para assegurar sua liberdade.
Segundo familiares, e conforme pode se verificar nas buscas nos registros do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), Leandro nunca esteve envolvido em crimes ou assemelhados. E é pessoa muito querida, como demonstra a mobilização da família para assegurar sua liberdade.
Leandro Carvalho é vítima.
E não réu.
Alega a defesa.
E não réu.
Alega a defesa.
Leandro Carvalho com o Irmão Robson Carvalho arquivo enviado pela família |
No dia 08\02, como já relatamos aqui, houve um assalto à mão armada por dois sujeitos na Orla de
Belém, bairro do Jurunas.
A Guarda Municipal de Belém saiu à cata dos
assaltantes e encontraram uma viatura da policia militar e relataram o ocorrido,
os policias detiveram Leandro à Passagem Marcílio Dias que fica nas proximidades do ocorrido. E onde mora o irmão.
A mesma rua onde residem os familiares
que o hospedavam para fazer o tratamento medico, conforme trecho da solicitação de liberdade;
[...]
A vítima atestou que se tratava
dele.
[...]
Ele negou.
[...]
Ainda assim foi detido e acusado
de assalto a mão armada – Artg.157.
[...]
A vítima informou que foram
roubados: um celular e o cordão de ouro que ela usava. E teria reconhecido Leandro
pela cor da camisa;
Importante, com o mocajubano, não foram encontrados a arma, ou o cordão, ou o celular.
O rapaz foi então foi levado até a Delegacia
de Polícia do Jurunas e encaminhado ao Centro de Triagem da Cremação, onde foi
ouvido e alegou inocência.
Em seguida, a Defensoria Pública entrou com um pedido de
revogação da prisão e aguardam o parecer do Ministério Público. Por outro lado, advogados particulares também o fizeram. Conforme se vê nos trechos acima.
A demora está levando a família ao
desespero e provocando uma série de manifestações. Considerando, além das questões já alegadas, que se o Leandro Carvalho estava em tratamento
médico.
manifestação realizada em Belém do Pará arquivo enviado pela família |
Diante da alegada inocência de Leandro cabe uma pergunta:
Se Leandro fosse branco, de olhos claros, e vestidos como os meninos da classe média ele teria sido levado? Confusões são sempre possíveis. Desconfio apenas que tais confusões seja mais frequentes quando se trata de nossa gente com a estética típica da periferia, seja ela urbana ou rural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário