O poeta findou sua missão.
Manoel de Barros, era um poeta mato-grossense e vivia em Campo Grande com a esposa e uma filha.
Ele partiu hoje, aos 97, depois de longo período de sofrimento, descansou.
Internado na UTI do Hospital Proncor depois de uma séria cirurgia, teve falência múltiplas dos órgãos.
E nos deixa sua obra.
18 livros de poesia, livros infantis e relatos auto-biográficos.
Um pouco do que ele era está no documentário:
"Só dez por cento é Mentira"!
Eis aqui meu poema predileto dele, hoje.
Tratado geral das grandezas do ínfimo
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado
Fiquei emocionado
Sou fraco para elogios.
(Manoel de Barros - 1916*2014)
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