sexta-feira, 18 de maio de 2012

Força do Biocombustível no Nordeste Paraense Gera Conflitos: Índios fazem reféns em Tomé-Açu




Ação foi para pressionar a empresa BioVale a atender reivindicações
EDIVALDO MENDES

Correspondente em Castanhal

Dez funcionários da BioVale que trabalham em Tomé-Açu na produção de dendê passaram mais de 12 horas mantidos como reféns pelos índios tembé da aldeia Curé Mariquita, distante cerca de 23 quilômetros do distrito de Quatro Bocas, nordeste do Estado, importante centro comercial daquele município do Vale do Acará. Os índios também retiveram uma caçamba, dois tratores e quatro caminhonetes da empresa e fecharam uma estrada vicinal que dá acesso à vila São João.
À indigenista Luciana Duarte, da coordenação técnica local da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Tomé-Açu, as lideranças da aldeia Turé Mariquita disseram que só iam liberar os funcionários e as máquinas, depois que a direção da BioVale fosse à aldeia conversar. Mas eles acabaram concordando em liberá-los no final do dia.
No total, são 85 índios que moram nas aldeias Turé Mariquita, Tekenay e Nova. O índio Urutaw tembé disse à reportagem, por telefone, que a BioVale não estaria respeitando os acordos firmados antes do início do plantio de dendê. "Os sete quilômetros de área entre as aldeias e a plantação, que deveriam ficar pra gente plantar estão todos ocupados por pés de dendê. E as águas dos nossos igarapés estão sendo contaminadas por agrotóxico e pelo adubo químico usado na plantação", afirmou Urutaw, que estava acompanhado do seu irmão Ezequias.

Fonte: http://www.orm.com.br/oliberal


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