[...] e o PPS-Mocajuba, marca sua presença.
Começou ontem e continua, hoje tendo como objetivo discutir a participação das mulheres no processo eleitoral e eleger a coordenação estadual de mulheres do PPS.
***
Sob a emoção do evento, queria falar com as meninas, especialmente, sobre isso. Eu nunca fui *sexista e sou feminista por essência. Mas sem levantar bandeiras de luta contra homens. Ora bolas. Os homens são nossos parceiros incondicionais em todos os campos.
Nunca fui sexista, repito. Porque sempre fui muito segura da necessidade de construção do meu cantinho no mundo, e que nada e nem ninguém poderia me submeter a nenhuma tipo de ditame. Por isso, nunca estive muito preocupada com os "machismos" em geral. Preocupei-me em estudar, trabalhar e realizar.
Penso de forma simples. Todos nós somos iguais perante a lei, o que é uma questão política. Mas somos seres completamente diferentes do ponto de vista biológico e psicológico. Entretanto, como ensinou-me um velho anarquista espanhol, é preciso ter idenpendência financeira e intelectual, ao que acrescento a independência pisicológica. Se você tem idenpêndencia financeira, tem escolha.
Pois bem. Hoje sinto-me segura para compor os movimentos de mulheres, não por questões feministas rasteiras. Mas por questões de fundo da sociedade brasileira, da sociedade amazônica, especificamente, da questão político-eleitoral de Mocajuba e, fundamentalmente, pelo papel da muher na sociedade e no mercado de trabalho.
Não é só por mim. Mas por todas aquelas que não estão aqui. Que não podem estar aqui. Sem voz, fingindo prazer. Sem ouvidos. Fingindo viver. Sem olhos. Esperando o momento de ser feliz. Essa espera talvez nunca chegue...
[...]
É sempre muito emocionante participar desses eventos. Da vibração, dos relatos de conquistas e superação de obstáculos pelas mulheres.
Ver a mulheres com olhos brilantes, de pulsos cerrados, veias saltando no pesconço e dizendo: nós podemos e estamos aqui.
O corpo inteiro arrepia...
E é essa emoção que leva a gente para frente.
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