segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mocajuba: conversa de um mocajubense na capital paraense

“Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatá.




Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui. Cheguei tarde, só tinha peixe dispré.




O maninho que estava vendendo tinha uma teba duma orelha do tamanho dum bonde.



O gala-seca espirrou em cima do tamatá do aru que tinha acabado de comprá.




Ficou tudo cheio de bustela... Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não.




O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo.




Saí dali e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda!



Égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri.




Também... parece leso, comprar unha no veropa.




Comprei uns mixilhão, um cupu e um pirarucu, muito fiiiiiirme, mas pitiú paca.





Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça.




Eu pensei logo ...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...





Fiquei na roça, levei o farelo. O sacrabala veio cheio e ainda caiu um toró.





Égua-muleki-tédoidé, pense num bonde lotado.





Eu disse: éguaaaaaaaa, vô mimbora logo.





No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor muito palha.





Uma velha estava quase despombalecendo.





Daí o velho que tava com ela gritava "arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado".





O menino falou: "_Humm, tá, cheiroso...!".





UAAU !!!
 
 
"Démais bacana" !!!!!

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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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