quarta-feira, 3 de abril de 2013

E Dendê em Mocajuba... Vai ou não vai?

Euzinha, visitando o Projeto de Parceira da Agropalma  com Agricultores Familiares  em 2010.
No Moju podemos perceber que o processo de implantação não é simples.
Desculpe, minha "laquitagem" na foto. Em Mocajuba, só temos fotos das mudas [Depois posto]




O projeto de expansão do cultivo do dendê através de uma política governamental entra em grave recuo. Depois de mais de dois anos de trabalho, com uma grande estrutura montada nas cidades de Mocajuba e Baião - a plantação foi gravemente freada pela condições históricas de nossa região. 




A empresa responsável, o braço para biocombustíveis da Petrobrás, PPBIO, é obrigada a construir uma nova estratégia para não perder as mudas que estão em ponto de plantio, depois de um ano e meio no viveiro da organização que está funcionando na cidade.



Inúmeros problemas fizeram com que os mais de 1400, cadastrados inicialmente para participar do projeto, não estivessem conseguissem iniciar o processo de produção.



Depois de muitas idas e vinda, trocas de equipe local da empresa e muitos esforços, a empresa foi obrigada a transferir as mudas para o município de Moju para um nova estratégia de plantação. E pasmem, muitas mudas correm o risco de serem destruídas. 



Para o bem ou para o mal, esse projeto revela as mudanças que a cidade passa nas últimas duas décadas,  e  sobre as quais nós que queremos cuidar dela, precisamos pensar: o alto grau de urbanização, a mudança no perfil das pessoas e de suas expectativas por conta disso, as máculas que os inúmeros sistemas de esquema coletivo deixaram na cidade, com a inadimplência e naturalização das fraudes, inclusive na implantação de micro-projetos.  Com o dendê, não haveria por exemplo aquela velha possibilidade de tomar os recursos para plantar coco ou criar frango e "plantar parabólicas, motos, etc". 




Além disso, a nossa cidade com seu processo antigo de ocupação e alta divisão das propriedades familiares parece apontar para um perfil de micríssimas propriedades, que de tão micro, não se encaixaram nos projetos de governo, como o da Petrobrás que exigia no mínimo 10 hectares de terra. 




Esse processo é simples. Mas não é banal e deve estar no centro de nossas preocupações.
Pelo menos, nós que queremos realmente construir possibilidades efetivas para um processo de desenvolvimento da cidade cidade que seja plural - e por isso sustentável. 

2 comentários:

Anônimo disse...

dinheiro vazando pelo rolo.......

Anônimo disse...

se o prefeito prestasse o projeto nao estava hindo embora.....prefeito mao suja faz alguma coisa......

"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

Leitores do Amazônidas por ai...


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