segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mocajuba: Nosso artesanato foi destaque na feira internacional do artesanato


Feira oferece oportunidades para artesãos

Quinta-Feira, 09/08/2012, 23:02:18 - Atualizado em 09/08/2012, 23:03:21
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“O artesanato mudou a minha vida. Sou muito agradecida pela oportunidade. Estou muito orgulhosa de mim, especialmente porque eu consegui chegar até aqui”, declarou a artesã Teresinha Araújo, que transforma jornal velho em tapetes, abajur e pequenos vasos de decoração. Ela é um dos grandes exemplos de superação presentes na I Feira Estadual do Artesanato Paraense, realizada em conjunto com a 26ª edição da Feira do Artesanato Mundial, até o próximo domingo (12), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

A artesã, que é de Marituba, município da Região Metropolitana de Belém, se recupera de um grande trauma. A técnica ela desenvolveu durante aulas de terapia ocupacional, realizadas pela equipe do Centro de Aconselhamento Psicossocial (Cras).

A reciclagem também garante a maior parte da renda da família de Síria Leal. Com uma técnica desenvolvida pelo marido, Ivan Leal, ela transforma a casca do miriti em jangadas, porta retratos, luminárias e molduras para espelhos. Os produtos, que são confeccionados a partir da matéria prima descartada pelos artesãos de miriti, são decorativos, utilitários e lúdicos, e são responsáveis pelo maior valor volume de vendas realizado até agora no estande da família. “Ninguém mais no Pará conhece essa técnica. Nossos produtos já estão sendo exportados para Goiás”, disse Síria. Segundo a artesã, as feiras já abriram novos espaços de comercialização e novos negócios. A expectativa da artesã e chegar ao final do evento com cerca de R$ 10 mil em faturamento - três vezes mais que a renda mensal da família.

No estande da artesã Carmem Américo, de Mocajuba, município do Baixo Tocantins, as expectativas com as vendas não são diferentes. As peças expostas - biojoias, acessórios para cabelo, colares e cestaria - são produzidas com resíduos da floresta ou recursos pesqueiros. A artesã ainda acrescenta que só o fato de estar nas feiras é válido pela troca de experiências, pela proximidade com as instituições e exposição do trabalho. “Está presente aqui já me rendeu frutos econômicos. Só uma cliente que é arquiteta levou 100 cestas”, informou Carmem, que é doutoranda em Planejamento e Desenvolvimento na Universidade Federal do Pará (UFPA) e trabalha com um projeto de desenvolvimento local sustentável na região do Baixo Tocantins.

As duas feiras, que expõem o artesanato regional e de 13 outros Estados brasileiros, também permitem ao visitante um passeio pela cultura, costumes e produtos de outros povos do planeta, como Egito, Marrocos, Turquia e Filipinas, e oportunidades de negócios. A organização da feira estadual estima que só nos 47 estandes do Pará estejam sendo comercializados cerca de R$ 42 mil, diariamente. As feiras oferecem produtos que variam de R$ 3,00 como chaveiros, a R$ 5 mil. A I Feira Estadual de Artesanato é promovida pela Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter). (Agência Pará)

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