quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mocajuba: Mocajubana pelo Mundo - Olenka Colares

Eu não acreditei que essa moça já era uma mulher, as lembranças que eu tinha dela eram de uma pequenina criança bem branquinha.

O pai dela namorara a minha segunda irmã. Pensei:  ela poderia ser minha sobrinha (Risos). 

É uma felicidade ver os filhos e filhas de Mocajuba assim: bonitos, cheios de graça, carregados de competência e vontade de ir em frente... Ela estuda e trabalha para estudar. Mas também gosta de tudo que gente jovem e atenada gosta: dos jogos de video-game a filosofia. De Arraial do Pavulagem às visitas ao Cosa Nostra (Eu também Olenka).

Idealista de pé no chão acredita que educação é instrumento de mudança e transformação.
È compromissada gente. Não adianta babar muito.




Eis Nossa Mocajubana...
arquivo pessoal -cedido

Ela é Olenka Neuza Serrão Colares. Tem 19 aninhos e é do signo de Escorpião. Acadêmica do curso de Direito da UFPA e, atualmente, estagiária do Núcleo Jurídico da CAIXA ECONOMICA FEDERAL. Vive em Belém, no bairro do Jurunas. Em Mocajuba, no Centro. Ali perto do rio. E filha do saudoso Ruy Leite Colares e de Ana Maria Serrão Colares.

Micro-entrevista


Blog: O que faz para se divertir onde vive?
Mocajubana: Bom, eu sou cinéfila de carteirinha então vou muuuuuito ao cinema. Qualquer dia o cinépolis e o CENTUR vão me dar um cartão fidelidade, de tão assídua que sou.
Gosto de tomar café na Fox no final da tarde, para relaxar.
Saio com os meus amigos e meu namorado à noite, normalmente, para o Studio Pub e para o Cosa Nostra. Não gosto de boates, por isso é muito difícil me verem em uma.
Gosto muito do arraial do pavulagem, apesar de que esse ano só fui uma vez.
Quando tem algum evento, como show, que me agrade eu vou.
Jogo wii com os meus primos. Discuto política, direito, filosofia e/ou futilidades com os meus tios.
Enfim, faço coisas das mais diversas. Basta estar em boa companhia.


arquivo pessoal -cedido



Blog: Qual é "boa pedida" em Mocajuba?
Mocajubana: Rever os amigos. Saber o que eles tem feito de bom, se estão felizes, enfim. É legal sentir que mesmo fisicamente distantes determinadas amizades permanecem as mesmas.

Blog: Quais suas atividades na cidade ?
Mocajubana: Minha rotina é muito corrida em Belém. Basicamente, durante a semana eu vou pra UFPA de manhã, para o estágio à tarde e para a UFPA novamente à noite. Chego em casa para revisar algumas coisas ou para montar alguma peça processual e, depois, dormir.
No final de semana eu me distraio, saio com o meu namorado e me recupero para a próxima semana tumultuada.


Blog: Por que saiu de Mocajuba?
Mocajubana: Saí de Mocajuba em busca de oportunidades que o interior não iria me oferecer.
Sempre tive muito contato com uma tia que é Desembargadora do TRT e ela – além de contribuir para formar essa paixão enorme que tenho pelo direito - sempre me ensinou a querer para mim o melhor, em termos de educação.
Como o curso de direito é muito concorrido na UFPA e na minha época ainda não existiam as cotas para colégio público eu escolhi vir morar em Belém para poder ter chance de vencer a batalha do vestibular.
Felizmente os meus pais tiveram condições de me manter na capital para estudar o ensino médio e, posteriormente, cursar uma universidade e eu sou muito grata a eles por isso.


Mocajubana: Não. Meus projetos de futuro são incompatíveis com a vida em Mocajuba.

Blog: Uma lembrança boa da cidade
Mocajubana: Quando penso em uma lembrança boa de Mocajuba, lembro de inúmeras situações engraçadas que passei com os meus amigos. Sendo assim, acho que a lembrança boa que irei guardar da cidade será das pessoas maravilhosas que conheci no decorrer do tempo em que vivi lá.

Blog: Uma lembrança ou registro muito ruim e que você gostaria de ver alterado
Mocajubana: Sei que o que vou falar já virou jargão de campanha eleitoral e não é um problema exclusivo de Mocajuba, e sim do Brasil como um todo, mas gostaria que a educação fosse mais valorizada e que a qualidade do ensino melhorasse, para que aqueles jovens cujos pais não possuem condições financeiras de manda-los para estudar fora também tenham oportunidades de alcançarem o seu “lugar ao sol”.
Da última vez que estive em Mocajuba (acho que foi em julho de 2010), fiquei espantada com a quantidade enorme de garotas jovens (algumas bem mais novas que eu) grávidas.
Isso é uma triste realidade que pode ser combatida com campanhas de conscientização nas escolas. Educação é o único meio confiável de mudar o município, o país e a vida das pessoas para melhor.
E quando digo isso não me refiro apenas a cursar uma universidade, mas também com a criação e/ou ampliação de cursos técnicos para os jovens. O município deve criar condições para que os filhos da terra fiquem ou, então, que saiam, mas retornem para trabalhar e ajudar a desenvolver Mocajuba.



UMA FRASE:
“Posso não concordar com nada do que dizes, mas lutarei até o fim pelo direito de dizê-lo”(Voltaire).

MOCAJUBANO (A) PARA SER HOMENAGEADO TAMBÉM: Thaynara Souza Andrade, Ananindeua.

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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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