quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Mocajuba: SintepSubsede Mocajuba em disputa!



O sindicato dos trabalhadores em educação elegerá nos próximos dias seus representantes. Mesmo com o provável adiamento das eleições que estavam marcadas para os dias 27 e 28 de outubro - o processo seguirá seu curso animando nossa democracia mocajubana.  Na ocasião professores, professoras e funcionários da educação sindicalizados a mais de três meses irão ás urnas. 


Para aqueles que acreditam que a política restringe-se às eleições municipais, estaduais e federais no ciclo de dois anos - é preciso olhar de novo e repensar.



A eleição do sindicato dos trabalhadores em educação mobiliza a cidade não apenas pelas questões internas da categoria, mas também pela maneira como se posicionará diante dos poderes municipais e estaduais. Uma disputa bonita que anima nossa democracia mocajubana.


Seguindo o protocolo interno dois grupos disputam o comando da entidade e apresentam suas propostas. 


Chapa1
Foto: ReproduçãoFacebook




Abaixo lê-se as propostas da Chapa 1. Chapa quente para a luta avançar.










Esse é o grupo "desafiante", a oposição dentro do sindicato e promete trazer frescor ao debate e fazê-lo avançar com 14 propostas (veja figura).


Já a A chapa2,  intitulada  Trabalhadores da educação, juntos sem exclusão representa o grupo dominante atualmente. 


chapa2:
reprodução facebook



Abaixo temos suas 15 propostas. Reparem no último item o quê de refinamento das práticas clássicas já clássicas da política eleitoral. Muito significativo nestes tempos em quê imposto sindical passa a ser facultativo. Fruto dos novos tempos da Era Temer que começam a fazer parte do nosso dia-a-dia.
proposta_chapa2
Membros da Chapa2





A eleição da coordenação do sindicato nunca foi tão estratégica. Estamos em um cenários avanço sobre o direito dos trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias. 

O cenário de crise econômica tem sido usado pelo liberais com pretexto para reduzir direitos. Existe uma brecha para esse campo, os salários não podem ser alterados, contudo os rendimentos podem. De modo que em muitos municípios os prefeitos ou prefeitas estão reduzindo ganhos. 


O salário é mantido, mas gratificações podem ser retiradas. No Pará, Marabá tornou-se exemplo. A Câmara votou. Os professores reagiram, foram a justiça. E, os ganhos foram reduzidos. 



Diante disso, gratificações, tempo de serviço, promoção horizontal dentre outros-  ficam sob risco. 

Pois bem, a condução do sindicato não passa apenas por esta questão. Contudo, ela é central está relacionada a sustentabilidade das famílias dos profissionais e pesa na decisão na hora de votar. 



Os grupos, naturalmente, são relacionados aos grupos políticos partidários alinhados a setores oligarquia mocajubense levando a associação ao ex-prefeito ou a atual prefeita. Isso traz um polarização, a meu ver, muito rasa, mas que é parte do jogo de poder local. 


A realidade dos fatos é que a oligarquia (grupos de famílias que governa a cidade desde a fundação) é feita de grupos internos concorrentes pelo poder maior que é o controle dos cofres da prefeitura. Nesse processo, faz parte de seu habitué manter vassalos fiés em busca de poder proteção e vantagens. Claro, alguns indivíduos por força de sua trajetória avassalam-se. Outros não. De modo que as duas chapas possuem potencial de resistência e obviamente possuem em seus grupos permeabilidades para diálogos mais intensos aos membros da oligarquia sempre em disputa interna pelo poder. 


Com o lançamento da Chapa1, o ex-prefeito, acusado de formar uma quadrilha para dilapidar os cofres do município e com grave enfrentamento com o sindicato manifestou apoio gerando um fato político e a prefeita atual e filha de ex-prefeito também condenado por mal uso de recursos públicos e maus tratos aos profissionais de educação a manifestar apoio a Chapa2. A forte influência do vereador e professor Marcos Lopes junto ao grupo que forma a Chapa2 potencializa os questionamentos a atuação do sindicato e têm alimentado a idéia de que a Chapa2. é governista. Isso é contestado pela direção que a bem da verdade dos fatos têm feito o enfrentamento pelos direitos da categoria. Marcos Lopes é vereador e apoio incondicionalmente o governo. Judith Carvalho,  a despeito da relação já intestinal do amigo e parceiro histórico com o governo e que tem forte influência pessoal e familiar sobre o grupo, mantém-se independente - informa ela ao blog.


A chapa1 também alinhados históricos de Rosiel Costa, mas não só. Os membros são em sua maioria militante ativos da categoria e opositores do modelo nefasto que ele representou. Na verdade, a declaração de apoio é parte do jogo e do charme do processo. 

Problemas internos na Comissão Eleitoral está esquentando o debate interno da categoria e deverá levar ao adiamento do pleito.


Certamente, a questão da independência diante do poder municipal é elemento relevante na análise da política sindical e, fundamentalmente, da questão da educação em sentido mais largo. 


É importante que a categoria mantenha seu protagonismo nesse processo, a despeito das diferenças internas. Estamos na torcida. 

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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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