sábado, 28 de outubro de 2017

A neocabana que protestou contra Helder Barbalho mostra sua cara

ana paula soeiro
foto: arquivo pessoal



Mandamos uma pequena entrevista com Ana Paula, a neocabana que protestou contra o ministro que tornou-se ponto central dos debates políticos em Cametá. A cidade cidade que serviu de resistência a elite paraense na revolução cabana e viu seus interiores tornarem-se trincheiras de guerra e resistência contra a opressão colonial no século XVIII. 


Pois bem. 

blog: como chamas? Onde vives em Cametá?


Eu me chamo Ana Paula Silva Soeiro, tenho 23 anos e moro no Bairro Brasília.

blog: O que ocorreu naquela manhã de sábado?

Eu acordei ás 10 da manhã ao som de fogos de artifício.  Um dia antes na sexta foi convocada uma reunião para falar sobre a vindo de Helder barbalho a Cametá para que fosse assinada a liberação de 8.000.0000 (oite milhões de reis) para a revitalização da frente da cidade-  mais conhecida como cais. Dois dias antes da vinda de Helder a Cametá foi divulgado o nome do ministro na delação da lava jato.

Quais os motivos do protesto? 

Ao chegar no evento aonde se encontrava o ministro e a banca de deputados dele notei que o ato tinha como objetivo lançá-lo como futuro candidato a governador do Pará.  A fala dos presentes indicava isso, ligando isso ao milhões que pretensamente serão liberados. As falas também relacionava os recursos a notabilidade do ministro.  
Eu, e junto com movimento estudantil de Cametá organizamos um ato de repúdio mais conhecido entre nós como escracho.


A obra é muito bem-vinda. Mais como já é costumeiro em nosso país a super-faturação desses empreendimentos. Quando esse empreendimentos estão relacionados às proximidade das eleições leva imediatamente a uma sensação de revolta - especialmente em se tratando desse governo federal ilegítimo. É inaceitável esse tipo de representatividade para o nosso estado e o que nos leva a atos de manifestação e repúdio.  


O que aconteceu depois ?

Após o ato de manifestação, já sabendo do resultado que teria a minha atitude, eu já possuía em minha mochila meus documentos. Fui contida pelos seguranças. Mas  não reagi em nenhum momento. Após essa contenção, fui algemada pelos seguranças e agredida com socos pontapés pelos membros dos partidos organizadores do evento (PMDB, DEM) e que estavam lá presentes. Durante minha detenção por parte dos seguranças do local fui não só agredida fisicamente como verbalmente pela maioria machista e homofóbica que se fazia presente no local. 

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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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