sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Planeta - Mundo




Os preparativos para a Rio+20 - Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável*, que será realizada em junho de 2012, geram debates, em especial, sobre os caminhos da governança sustentável mundial.

Segundo Marcio Pochmann, presidente do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada*, há a seguinte encruzilhada - "Somos governados por 500 grandes corporações, que são fontes de reprodução desse padrão de desenvolvimento que vivemos e respondem por 47% do PIB - Produto Interno Bruto Mundial. Muitas empresas são como países e impõem restrições à composição democrática de políticas públicas. Ainda financiam partidos e até ONGs - Organizações Não-Governamentais".




Para o economista, está claro que o padrão urbano industrial não é sustentável. "As habitações hoje são maiores e com menos habitantes, e se tornam depósitos de bens". Com relação às fontes de energia, o carvão está em primeiro lugar, o que infere comprometimento quanto às mudanças climáticas.

Nessa complexidade, os extremos aparecem a todo momento. "Existem 37 países desenvolvidos, com padrão humano industrial regressivo e dependente do consumo de energia". Por outro lado, ele destaca que 75% da dinâmica mundial dependem dos países não desenvolvidos.

Essa situação se agrava com a crise econômica mundial. "A ONU - Organização das Nações Unidas foi incapaz de discuti-la; e é a pior, desde 1929. O G20 (grupo dos países mais ricos) discutiu, mas não tem o status de uma organização".

As reflexões foram feitas por Pochmann, nesta quarta-feira, durante a 1ª Oficina entre as Instituições do Acordo sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, no SESC Vila Mariana, em São Paulo. O encontro foi promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.

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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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