sábado, 2 de junho de 2012

Mocajuba: eleições 2012

Um partido da base do governo estadual realiza pesquisas em todo baixo-tocantins, inclusive em Mocajuba. 



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Sem candidato próprio na cidade precisa saber a quem vai apoiar. 
Na pesquisa uma situação esperada: somados os votos dos pré-candidatos temos 59% dos votos contrários a situação.



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Isso é um indicador relevante. 
Independente da questão eleitoral, mostra que mesmo cada vez mais risonho e rico o prefeito de Mocajuba não convence a maioria de seus munícipes de que é um bom governante.




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Mesmo com sua simpatia quase plástica não pode dizer-se um governante querido.
Eu sinceramente surpreendo-me porque o nosso alcaide é populista, mas não consegue ser popular. 
Mas como disse Maquiavel, o importante não é ser amado é ser temido, né? 
Não, não é o caso.




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Isso é importante para nossa geração.
Identificar afinal o que nossa cidade quer.
Não é o prefeito e os seus que importam. 
O que deve ser alvo de nossa atenção é como a cidade percebe o governo.
O que afinal a cidade quer?




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Mas a política eleitoral é uma questão mágica onde muitos fatores são determinantes.
Já que a "cidade" não existe enquanto unidade.
Ela é na verdade um conjunto complexo de atores diferentes com poderes e acesso a riqueza também diferentes.


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A única candidata mulher do páreo está a frente da oposição. 
E hoje uma briga familiar é o principal elemento de fortalecimento do atual prefeito.





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Juntos, os candidatos venceriam a eleição, se fosse hoje. 



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Mas eles não estão juntos.
E o principal aliado do governo é José Antônio Guimarães (PV).
A manutenção de sua candidatura fortalece apenas o prefeito já que sua expressão eleitoral ainda é a última entre os quatro pré-candidatos.
Engraçado perceber como as coisas são construídas.
Meu amigo querido Nelson Meirelhes dizia-em: José Antônio Guimarães está correto.
Deve manter o nome dele para poder talvez disputar em melhor posição nas eleições de 2016.



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Vejam bem. 
Ele fala isso propositadamente.
Porque isso é a melhor estratégia da situação: manter um candidato que não pode fazer frente ao atual prefeito para diminuir a força da oposição em bloco.



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Já pensaram se dá um retroblex ?







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Por outro lado, a ferocidade de algumas lideranças dentro das negociações da formação da oposição também gera desconfiança e ameaçam o estabelecimento de alianças.
Tem membro do jogo que tenta impor-se sobre todos os candidatos.





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Vamos dar nome aos bois. 
Alda Ferreira tem maior popularidade
É seguida de perto por Zeca do Bi. 
E um pouco atrás tem o quarto pré-candidato José Antônio Guimarães.




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Zeca do Bi, possui votos derivado de sua boa aceitação em um grupo liderado por profissionais da educação.
Registram alguns dos seus simpatizantes que ele mantinha os pagamentos em dia e sem distinção entre as categorias.
Mas não tem caixa próprio e nem grupo orgânico. 
Dentro do atual grupo que é composto pelo empresário local e ex-vereador "Piquiá" e o atual vereador Estélio Guimarães (PSDB) enfrenta conflitos internos com o risco de tonar-se um rei sem trono. 
O vereador Jáder Cunha (PSD) também alinhava sua participação central dentro do grupo.
Dizem as boas línguas que Zeca do Bi ficou tão azuado que ao invés de estar em Mocajuba fazendo articulações e conversando com as pessoas está no balneário chique do Pará - Salinas.




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Jose Antônio Guimarães (PV), sobrinho do ex-prefeito Nário Guimarães (Hidelbrando), fez de sua vontade de seguir a trajetória do tio quase um capricho.
E está muitíssimo empenhado a muito tempo nessa candidatura. 
Montou uma boa figura de candidato: casou com um jovem e linda mocajubense, fez uma mansão imponente ás margens do Rio Tocantins, teve uma filha igualmente linda. 
Formou uma equipe remanescentes do grupo de Wilde Colares, Amadeu Braga/Fátima Braga e juntou novas lideranças locais como o prof. Marcos. E ainda,  trouxe seu compadre o prof. Albertino para reforçar o time.
Algumas fontes informam que ele estará na Rádio Cidade, apelidada de rádio do prefeito, com um apoiador inconteste do prefeito o locutor de rádio um rapaz chamado Denivaldo Farias.  



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Alda Ferreira (DEM) juntou vários partidos e lideranças do campo e da cidade e um grupo antigo e consolidado de lideranças do campo e da cidade. 
O marido e fiel assessor comanda um partido (PTB), além disso mantém outras lideranças ligadas ao evangélicos. 
Tem aliados fiés e muito aguerridos como a prof. Andréa Baia.  
Além disso, garantiu apoio do governador do estado Simão Jatene (PSDB).
Lidera um jogo complicado que é o fechamento de acordos dentro de grupos diversos.
Não há como eleger-se sozinha.
É preciso pactuar.



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Em núcleos periféricos temos Estélio Guimarães, Piquiá, Família Braga (PMDB)....
Estes não possuem candidaturas próprias.
Mas são peças do jogo. Peças coadjuvantes, mas decisivas.


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Estélio Guimarães tenta ajudar formar um grupo de oposição junto com Piquiá e Jáder Cunha.
Amadeu Braga (PMDB) já considera apoiar o prefeito.
Fátima Braga e Paulo Gomes avaliam que composição é melhor para o partido.


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Jogo difícil esse da formação das candidaturas.
Tente distanciar-se e perceber como as peças se movem.
Tente entender o que cada agente quer e como eles se movem no jogo.
É maneiro.
Eu gosto.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não entendi.afinal, o vereador estélio é coadjuvante ou não.o texto tá confuso para mim.

Carmen Américo disse...

Ele não é candidato a prefeito. Então, em qualquer cenário, tecnicamente ele é coadjuvante. Contudo, com bom caixa para campanha (lembremos que ele e a esposa são grandes empresários aqui em Belém) - ele tenta afirmar com voz firme na definição da oposição. Isso, claro não deve agradar 100% nenhum dos pré-candidatos.

"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

Leitores do Amazônidas por ai...


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