sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pará e Baixo-Tocantins: Os números oficiais de pescadores e os dilemas da pesca



 Diferente do que informa a reportagem de O Diário, repicada na última postagem da blog, Cametá possui 15.634 pescadores no cadastro oficial do governo federal.

Agora é oficial, diferente do que davam conta as informações locais, temos em Mocajuba 8.196  pescadores,  segundo informações do MINISTERIO DA PESCA E AQUICULTURA. O Pará possui 240.214 pescadores e pescadoras, sendo 297 industriais e 239.917 artesanais.

Abaixo os dez municípios com maior número de pescadores cadastrados:


1.CAMETA: 15634
2.SALVATERRA: 14694
3. BREU BRANCO: 12298
4. TUCURUI:  10654
5.BAIAO: 9715
6.SAO SEBASTIAO DA BOA VISTA: 8865
7.CACHOEIRA DO ARARI  8211
8.MOCAJUBA: 8196
9.SANTAREM: 7233
10. ABAETETUBA:   6938
Vejamos que Mocajuba está em oitavo lugar no Pará quando ao número de pescadores. Diante disso, cabe um discussão mais condizente com o peso deste número  pela sociedade local  - uma vez que isso é quase metade da população municipal que totaliza 23.000 pessoas com quase 80% residindo na sede municipal, segundo o IBGE.

De um lado,  temos a necessidade de organização da atividade e fortalecimento do setor, porque mesmo com um número tão alto de pescadores a cidade carece ainda de abastecimento de outros municípios como Cametá e Tucuruí.  E o preço da carne está pela hora da morte.

Por outro, o volume de peixes bem como a diversidade íctica reduziu drasticamente nos últimos anos  e as comunidades ligadas à atividade pesqueira não conseguiram formar os chamados pactos de pesca para promover manejo dos recursos pesqueiros, o que pode comprometer mais ainda a estabilidade da atividade e a sustentabilidade das famílias que são dependentes da atividade para a susbsistência.

A tentativa de fortalecimento da criação de peixes ainda não mostrou resultados positivos apesar de muitos pescadores e empreendedores tentarem, mesmo sem apoio, desenvolver a atividade. 

Além destas questões, também verifica-se certa preocupação geral com a suspensão do chamado seguro-defeso no Pará e em Mocajuba. O nosso município tem construído séria dependência do benefício assegurado aos pescadores e pescadoras. São mais de 17 milhões que entram na economia local todos os anos.

Isso é uma questão séria. Mas séria do que se pode supor.

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"Veja bem, meu amigo, a consciência é um orgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides."(Martin Amis)

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