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Deorlinda Portilho Brito vítimada pelo feminicídio Foto Montagem divulgada pela família nas redes sociais |
[...] Manoel Filho Farias vai a julgamento na próxima quarta-feira em Baião (PA). Ele é acusado do assassinato da mulher Deorlinda Portilho Brito, de 24 anos, no dia 24 de fevereiro deste ano no Bairro Novo em Baião. Deorlinda é original da Comunidade de Icatu, Remanescente de Quilombo, na transição de Mocajuba-Baião.
Como manda nossa tradição cabocla, Deorlinda é filha de "dona" Domingas Portilho Gomes e *"seu José Maria de Oliveira Brito, conhecido como Fio, camponeses quilombolas das margens do rio Icatu.
Ela foi encontrada pela manhã, em casa, ao lado cama, pelos filhos pequenos - esfaqueada e estrangulada.
Ele fugiu.
Apresentou-se a justiça um mês depois.
Confessou.
Um caso doloroso e clássico de feminicídio.
Veja elementos do processo.
Veja elementos do processo.
Morreu pois é mulher e foi alvo da fúria de um homem formado pela cultura do patriarcado que a entende como posse, como menor, a ser dominada e subjugada. Nesse sistema, as frustrações do homem podem ser transformadas em violência a contra mulher. Ódio. Morte.
E assim, e por isso, matou Deorlinda.
E assim, e por isso, matou Deorlinda.
Uma questão de poder que atinge a todos os territórios sem distinção étnica basta que as relações pautadas na dominação de um sobre o outro.
Em nossa civilização incivilizada - o homem têm-se como superior. Em casos extremos isso converge para o ódio contra a mulher quando ela, seja por qual razão for, escapa dessa noção de domínio.
Ela morreu em casa.
Foi assassinada dentro de casa.
Foi encontrada pelo casal de filhos na primeira infância.
Foi embora no auge de sua juventude.
Foi vítima do feminicídio nosso de cada dia.
Ela foi. Mas nós ficamos e vamos lutar por #nenhumaamenos
Ela foi. Mas nós ficamos e vamos lutar por #nenhumaamenos
Espera-se que juri que o condene a pena máxima e que a justiça o mantenha preso pelo tempo da lei.
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