velório de Vani,
O agente prisional morto ontem
foto: reprodução Facebook
mundinho rodrigues
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velório de Vani,
O agente prisional morto ontem
foto: reprodução Facebook
mundinho rodrigues
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velório de Vani,
O agente prisional morto ontem
foto: reprodução Facebook
Mundinho Rodrigues
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Hoje pela manhã, ocorreu o velório do agente prisional Vani,
Evanildo Lopes.
Todos os velórios são carregados de muita tristeza e
desespero. [E sei porque enterrei meu irmão Maurício Américo, em circunstância
investigada pela justiça ainda].
Contudo, o velório de Vani parece ter transformado em um
velório da cidade e ao mesmo tempo realizado por todos.
A comoção e a indignação parece ter atingindo a todos os
moradores indistintamente.
Nas casas das famílias, igrejas, bares, praças, na feira..
Um pesar que é infinitamente maior para família, porém
atingiu a todos os corações e mentes mocajubenses.
Uma cidade assustada diante de si.
Que parece de joelhos diante da sensação de insegurança.
Um processo que chegou trôpego, há mais ou menos dez anos e
assumiu ritmo galopante nos últimos tempos.
Vani não está foi velado e pela família e pelos amigos que
compareceram aos locais físicos de homenagem e despedida.
A sensação de perda e indignação formou uma grande nuvem
cinza escuro sobre Mocajuba.
O caso
Vani viajava regularmente de Mocajuba para Cametá (PA) de
barco e tomava taxi de sua residência no bairro da Cidade Nova até o Porto
de Mocajuba.
Ontem por volta das cinco da manhã, fez diferente, tentou
tomar a condução da esquina de casa.
Não voltou para casa, não chegou a Cametá...
No caminho, encontrou dois homens que desferiram dois tiros.
Vani ainda foi socorrido.
Pela manhã amigos e familiares pediam orações.
Mas [..]
Não resistiu.
Morreu.
Foi brutalmente morto.
Um desespero doce se abateu sobre a cidade.
Era um cidadão padrão.
Uma pessoa querida.
Vani, estava no auge
de seus 31 anos.
Deixou esposa e duas filhas, uma com poucos meses de vida.
Deixou uma grande família, amigos, parceiros das atividades
religiosas, colegas de trabalho...
Católico orgânico e praticante, atuava no Grupo de Oração da Comunidade Católica de São José.
Era o que costumam chamar de "homem de família".
Bom filho, bom marido, bom pai, bom vizinho...
Bom filho, bom marido, bom pai, bom vizinho...
E a cidade entrou em parafuso.
Um certo pânico.
Uma certa desesperança...
Muito sofrimento.
[...] Chega ao ápice dos caos que vem desenhando-se há
aproximadamente uma década.
E toda a gente articulada e minimamente informada já sabe
que a violência é a nossa espuma de sangue que esconde outras mazelas.
Muitas mazelas!
Muitas mazelas!
E a cidade regurgita a saliva engolida a seco.
A PRISÃO DOS ACUSADOS
Acusados, presos e transferidos |
Ainda durante a manhã de ontem as polícias civis e militares, com o
apoio da guarda-municipal prenderam dois suspeitos a margem do Rio Tocantins, depois de ampla busca. Fabrício Franco Dias (19) e João Gonçalves
Alves (21) tentavam fugir em uma embarcação do tipo rabeta. Segundo publicação do G1, "de acordo com a Susipe, policiais apreenderam na embarcação uma mochila com roupas usadas no momento no crime, segundo testemunhas, e a dupla confessou o assassinato à Polícia".
TUMULTO
Curiosos aglomeraram-se em frente à Delegacia de Polícia e
um clima de tensão formou-se rapidamente em níveis que acenderam o alerda do
delegado local. Quando o corpo de Vani chegou do Instituto Médico Legal (IML)
de Abaetetuba, os acusados foram removidos da cidade para outras unidades
prisionais no Estado. Uma ação estratégica diante da situação de crise que se apresentava.
ANTECEDENTES
Pelo menos um dos acusados já cumpriu pena na Casa de
Recuperação de Mocajuba (CRM-Mocajuba). Logo após a divulgação da foto deles
nas redes sociais, várias pessoas atestavam já terem sido vítimas de um deles conhecido como "Louro".
Um comentário:
Minhas condolências à família do Vani e a todos as_os mocajubenses. Ele se foi vítima de violência, mas fica uma memória que remete, pelo que li no texto de CA, à paz e a valores positivos. Ligia S.
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