Era período das festividades de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Vila do Carmo, uma localidade de Cametá muito próxima de Mocajuba. Dona Alzira, cametaense de origem, pediu ajuda à santa diante das inúmeras fragilidades de sua saúde aos oito meses de gravidez. Idos de julho, na Colônia de Igarapé-Açu, próximo ao Olho Dágua, no auge do regime militar no Brasil. Por lá, isolada entre capoeiras e pimentais os serviços de assistência médica vinham das rezadeiras, das parteiras... algo que mistura pagelânça e fé.
Muito frágil Dona Alzira pediu à santa proteção e em contra-partida protemeu dar seu nome ao ser que ela protegeria. Não sabia se era homem ou mulher. Simplesmente, colocou-o sobre seus cuidados celestes.
E tudo ocorria às três horas da tarde, em um dia de sol escaldante do verão paraense, embaixo de um casebre de palhas e varas produzidas pelas mãos de "Seu Zé", marido de dona Alzira - peão de um enorme pimental.
A parteira, correndo entre as fileiras de pimenta encontrou um ser ávido por nascer. Diante de todas as agruras que a origem lhe infligira, desconhecia o medo e nasceu ungido.
-È menina! Gritou a parteira.
-È Maria do Carmo, sussurou Alzira em suas últimas forças.
Se fosse homem, seria Manoel do Carmo conforme o combinado com a santa. Muito pequena e frágil, todos a chamam de Carmelita. Mas ela cresceu e família e os amigos passaram a chamá-la de Carmen, nenhum nome no diminuitivo cabia-lhe.
Saiu de Mocajuba, aos 17 anos com uma obstinação: conhecimento e profissionalização. Sua única proteção e ajuda vinha dos clamores de Dona Alzira à sua santa protetora.
Nem família rica, nem ao menos influente. Mas sabia qual era sua busca. Seu propósito. Nesta busca chegou a um estágio em que pode contribuir com sua cidade natal, seu lugar. Mas Mocajuba, não é uma ilha, mesmo que tenha muitas, então a intenção é pensar a cidade, a sua região imediata (o baixo-tocantins) e a Amazônia Brasileira no contexto internacional.
Hoje, eu, Maria do Carmo Américo, chamada por todos de Carmen Américo, crio este o blog como um espaço para troca de informações e debates sobre Mocajuba, nossos vizinhos e as estratégias de desenvolvimento local na Amazônia Brasileira.
Muito frágil Dona Alzira pediu à santa proteção e em contra-partida protemeu dar seu nome ao ser que ela protegeria. Não sabia se era homem ou mulher. Simplesmente, colocou-o sobre seus cuidados celestes.
E tudo ocorria às três horas da tarde, em um dia de sol escaldante do verão paraense, embaixo de um casebre de palhas e varas produzidas pelas mãos de "Seu Zé", marido de dona Alzira - peão de um enorme pimental.
A parteira, correndo entre as fileiras de pimenta encontrou um ser ávido por nascer. Diante de todas as agruras que a origem lhe infligira, desconhecia o medo e nasceu ungido.
-È menina! Gritou a parteira.
-È Maria do Carmo, sussurou Alzira em suas últimas forças.
Se fosse homem, seria Manoel do Carmo conforme o combinado com a santa. Muito pequena e frágil, todos a chamam de Carmelita. Mas ela cresceu e família e os amigos passaram a chamá-la de Carmen, nenhum nome no diminuitivo cabia-lhe.
Saiu de Mocajuba, aos 17 anos com uma obstinação: conhecimento e profissionalização. Sua única proteção e ajuda vinha dos clamores de Dona Alzira à sua santa protetora.
Nem família rica, nem ao menos influente. Mas sabia qual era sua busca. Seu propósito. Nesta busca chegou a um estágio em que pode contribuir com sua cidade natal, seu lugar. Mas Mocajuba, não é uma ilha, mesmo que tenha muitas, então a intenção é pensar a cidade, a sua região imediata (o baixo-tocantins) e a Amazônia Brasileira no contexto internacional.
Hoje, eu, Maria do Carmo Américo, chamada por todos de Carmen Américo, crio este o blog como um espaço para troca de informações e debates sobre Mocajuba, nossos vizinhos e as estratégias de desenvolvimento local na Amazônia Brasileira.
5 comentários:
Interessante seu material jornalistico sobre a realidade local (MOCAJUBA).
Li o LIVRO DE OURO DA AMAZONIA onde analisa o potencial economico da amazonia
e uma forma racional de exploracao (p. ex deve-se extrair a madeira de lei e a cada arvore derrubada uma arvore plantada, ....). IGARAPE-AÇÚ. Conheço esse Igarape.
Já comi cajú açú dai e quero plantar umas mudas......
Que Nossa Senhora do Carmo continue lhe inspirando a escrever, além de blogs, livros,etc. Você tem contribuído muito com nossa cidade. Obrigado.
adoria sua historia e seu bogger te admiro muito carem bjss
adorei sua historia te admiro muito
maravilhosa a sua história...
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